Ao longo da história, as representações humanas refletem muito sobre a criatividade e a visão de mundo das civilizações antigas. As cabeças colossais olmecas, por exemplo, criadas entre 1200 e 400 a.C. no Golfo do México, são verdadeiras obras monumentais. Essas esculturas, que pesam toneladas, retratavam líderes poderosos e eram feitas de pedra vulcânica transportada por quilômetros – um feito impressionante de engenharia e organização social.
Na Sérvia, o sítio arqueológico de Lepenski Vir, datado de até 9.500 a.C., revela esculturas intrigantes que misturam rostos humanos e peixes. Essas peças, junto com vestígios de casas planejadas e outras evidências de urbanismo, mostram como esse povo mesolítico vivia conectado ao Rio Danúbio de forma única.
Mais ao leste, na Turquia, encontramos o Homem de Urfa, uma escultura esculpida em calcário há cerca de 11 mil anos. Com olhos de obsidiana e um colar em forma de V, mas curiosamente sem boca, ele levanta perguntas sobre simbolismo e os primeiros passos da arte figurativa.
E, muito antes de tudo isso, há cerca de 75 mil anos, os neandertais já deixavam sua marca. Na França, a chamada Máscara de La Roche-Cotard, um bloco de sílex trabalhado, sugere a tentativa de representar um rosto (ao menos é o que acreditam alguns pesquisadores). Esse artefato rudimentar nos lembra que o simbolismo pode ter surgido muito antes do que imaginávamos.
De olmecas a neandertais, essas representações humanas nos mostram não apenas quem éramos, mas também o que valorizávamos. Arte, engenharia e espiritualidade andavam juntas, criando um legado que ainda hoje nos fascina.
E você, já imaginou o que essas esculturas ainda podem nos ensinar sobre o que significa ser humano? E conheça mais sobre estas obras extraordinárias no vídeo abaixo: