Fui em busca de um antigo cemitério perdido no “Bairro Japonês”

Se você está lendo isso agora provavelmente sabe que no Arqueologia pelo Mundo estreou uma série de viagens e a primeira temporada se passa na cidade de São Paulo. Mas, caso não esteja sabendo de nada, clique aqui!

No entanto, se já viu os capítulos que já saíram e está a par do que está acontecendo, vamos seguir em frente! E já vou dizendo logo que a gravação do 2º capítulo foi a mais longa da semana, já que para ele foram necessários dois dias de gravações. E eu achando que seria fácil… A própria iludida aqui!

Tudo começou na tarde de domingo, após minha mudança de um apartamento para o outro. Sim, troquei de apartamento! E como em um eu tinha que sair às 10h00 e no outro eu só poderia entrar depois das 15h00 fiquei na recepção do “apartamento nº 1” matando o tempo e aproveitando para organizar de forma remota com a minha irmã os passos das gravações seguintes. Estava tudo certo de que naquela tarde eu gravaria no Bairro Liberdade, com o intuito de pegar mais imagens para o vídeo especial sobre a história de lá (quem ainda lembra dele?) e principalmente procurar e gravar as áreas do antigo cemitério encontrado por uma equipe de arqueologia em 2018 e a Capela dos Aflitos, para onde nunca fui, embora a visse de longe sempre. Chegando lá o que encontrei foram portas fechadas, mas muita gente querendo ajudar. Na verdade o que aconteceu foi que ao chegar tanto na área do cemitério, como da Capela dos Aflitos e estar ambos fechados, fiz exatamente o que eu fazia nos trabalhos de campo: conversei com as pessoas da região.

Eu em frente da Capela dos Aflitos

Na frente da capelinha, que apesar de parecer perigoso por ser um beco fechado, o que vocês vão encontrar são motoboys e manobristas de carros (inclusive foram eles que me passaram as informações de lá) fiquei sabendo que ela ainda funcionava e sempre tinha missa. Apontaram que no portão da capela tinha sempre um aviso falando sobre o funcionamento e que o pessoal que frequenta ela costuma montar eventos para a comunidade. E também disseram que se eu queria encontrar ela aberta, tinha que voltar na manhã seguinte, na segunda.

O problema é que na manhã seguinte eu tinha a tarde uma gravação no Cemitério da Consolação, mas eu não perderia de forma alguma esta oportunidade de finalmente ver a capela aberta. Então, não importava o quão apertada seria a minha agenda, eu estava decidida que no dia seguinte voltaria sim.

Depois rumei em busca da área do antigo cemitério, que na verdade é bem do ladinho. Conversei com o pessoal que estava vendendo mercadorias ali na rua mesmo e eles também foram solícitos. Eles me falaram que sabiam que ali era um cemitério e que acreditavam que aquele lugar precisava ser preservado de alguma forma. Na verdade foi bem legal.

Frente do Cemitério dos Aflitos

Depois de conseguir as informações que precisava, fui passear um pouco. Como era um domingo, claro que o bairro estava muito lotado. Infelizmente dessa vez não comprei nenhum mangá e nem nada do meu Narutinho, até porque estava pensando em gastar toda minha fortuna em K-Pop. Mas, justamente nesta viagem não encontrei nada muito interessante. Acho que fui em uma temporada bem ruim. Só comprei algumas coisas do BT21 e a vendedora super simpática tirou algumas fotos minhas ao lado do totem do BTS (obrigada moça vendedora por ter separado alguns minutos do seu trabalho para tirar fotos minhas 💜).

E finalizei esse dia comprando os doces japoneses para o quadro “A Cozinha na História”, que em breve retornará e inclusive já está sendo gravado! Também comprei meu jantar e segui rumo ao apartamento para me reorganizar e me preparar para o dia seguinte, que foi quando consegui conhecer a capelinha por dentro e pude gravar todos os detalhes.

Capela dos Aflitos
Interior da Capela dos Aflitos
Interior da Capela dos Aflitos

Foi uma visita muito gostosa e o pessoal da capelinha é bem acolhedor. Veja tudo o que rolou neste capítulo aqui:

Eu acredito que ainda vamos ouvir falar muito desta região do Bairro Liberdade e das pesquisas de arqueologia que estão rolando por lá. E também foi legal ver o engajamento do pessoal que frequenta a capela ao procurar saber sobre os trabalhos de arqueologia que estão rolando por lá. Até porque, quando conhecemos mais sobre nosso passado e identidade somos nós quem sai ganhando.

Quer visitar a Capela dos Aflitos?

A Capela dos Aflitos possui um perfil no Instagram onde o pessoal que cuida dela posta novidades, eventos que estão planejando, atividades acadêmicas e períodos de missa e quando ela estará aberta. Sempre olhem o perfil antes de ir. Lembrem-se de serem respeitosos durante a visita, principalmente no momento da missa, já que é um lugar muito pequeno.

Capela dos Aflitos

Ao tirar fotos não usem flash! Lá não tem nenhum aviso sobre isso, mas lugares históricos com muitas de suas pinturas originais necessitam desse cuidado, já que a luz do flash pode ajudar na degradação.
Sejam legais e ajudem na preservação do nosso patrimônio edificado.
Veja aqui o perfil dos amigos da Capela dos Aflitos no Instagram:

instagram.com/aflitos.unamca/